Recebi uma lista muito legal por email, são 658 frases em Latim! :O
Como o Latim é a lingua dos sábios, vale a pena dar uma conferida nessa lista (que foi divida em dois posts, por ser extremamente extensa; cada post contará com 329 frases)
Não importa se você sabe latim ou não, todas as frases acompanham a respectiva tradução em português!
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1. A adoção imita a natureza. — Adoptio naturam imitatur.
2. Nada vem do nada — De nihilo nihil. (Lucrécio)
3. É difícil esquecer de repente um longo amor. — Difficile est longum subito deponere amorem.
4. Quando o pobre dá presente ao rico, parece armar-lhe redes. — Donat cum egenus diviti retia videtur tendere (Catulo).
5. Doce e honroso é morrer pela pátria. — Dulce et decorum est pro patria mori. (Horácio)
6. A afinidade não gera afinidade. — Affinitas affinitatem non generat.
7. A águia não caça moscas. — Aquila non captat muscas.
8. A arte está em esconder a arte. — Ars est celare artem.
9. A barba não faz o filósofo. — Barba non facit philosophum.
10. A boa árvore dá bons frutos. — Arbor bona fructus bonos facit.
11. A boa vontade supre a obra. — Aequiparat factum nobile velle bonum.
12. A boca fala do que está cheio o coração. — Ex abundanctia enim cordis os loquitur.
13. A boda ou a batizado não vás sem ser convidado. — Alterius festum solum invitatus adibis.
14. A boi velho não busques abrigo. — Aetatem habet, ipse sibi consulte expertus.
15. A caridade começa por casa. — A caridade começa por casa.
16. A cavalo dado não se olha o dente. — Equi donati dentes non inspiciuntur.
17. A César o que é de César. — Quae sunt Caesaris, Caesari.
18. A desgraça de uns é o bem de outros. — Lucrum unibus est alterius damnum.
19. A desgraça do pobre é querer imitar o rico. — Inops, potentem dum vult imitari, perit.
20. A desgraça vem ser chamada. — Mala ultro adsunt.
21. A Deus nada é impossível. — Nihil est quod Deus efficere non possit.
22. A exceção confirma a regra. — Exceptio regulam probat.
23. A experiência vale mais que a ciência. — Experientia praestantior arte.
24. A fama tem asas. — Fama volat.
25. A fortuna é como o vidro: — tanto brilha, como quebra. — Fortuna vitrea est: tum cum splendet, frangitur.
26. A hora é incerta, mas a morte é certa. — Morte nihil certius est, nihil vero incerta quam ejus hora.
27. A intenção é que faz a ação. — Voluntas pro facto reputatur.
28. A letra, com sangue, entra. — Litterae non entrant sine sanguine.
29. A maior pressa é o maior vagar. — Qui nimium properat serius absolvit.
30. A maior vingança é o desprezo. — Injuriarum remedium est oblivio.
31. A morte não poupa ninguém. — Mors omni aetate communis est.
32. A morte tudo nivela. — Omnia cinis aequat.
33. A necessidade é mestra. — Fames magistra.
34. A necessidade não tem lei. — Necessitas caret lege.
35. A ocasião faz o ladrão. — Occasio facit furem.
36. A palavras loucas, orelhas moucas. — Dementis convitia nihil facias.
37. A pergunta apressada, resposta demorada. — Quaerenti propere danda est responsio lenta.
38. A pressa é inimiga da perfeição. — Festinare docet.
39. A quem quer, nada é difícil. — Volenti nihil difficile.
40. A quem trabalha, Deus ajuda. — Industriam adjuvat Deus.
41. A sorte da guerra é incerta. — Anceps fortuna belli.
42. A sorte está lançada. — Alea jacta est.
43. A verdade dispensa enfeites. — Veritatis simplex oratio.
44. A verdade sai da boca das crianças. — Ex ore parvulorum veritas.
45. A vista do dono engorda o cavalo. — Oculus domini saginat equum.
46. A vitória ama a cautela. — Amat victoria curam.
47. Abuso não é uso, mas corruptela. — Abusus non est usus, sed corruptela.
48. Acaba-se o haver, fica o saber. — Sapientia longe preestat divitiis.
49. Aceita o que é teu e dá o alheio a seu dono. — Accipe quod tuum, alterique da suum.
50. Advogados nascem, juízes fazem-se. — Advocaci nascuntur, judices fiunt.
51. Agir, não falar. — Agere non loqui.
52. Água e pão, comida de cão. — Vilis aqua et panis, potus et esca canis.
53. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. —Gutta cavat lapidem, non vi sed saepe cadendo.
54. Alegação sem prova é como sino sem badalo. — Allegatio sine probatione veluti campana sine pistillo est.
55. Amigo certo conhece-se na hora incerta. — Amicus certus in re incerta cernitur.
56. Amigo certo, nas horas incertas. — Amicum certum in re incerta cerni.
57. Amigo de meu compadre, porém mais da verdade. — Amicus Plato, sed magis amica veritas.
58. Amigo de todos e de nenhum, tudo é um. — Qui servit communi servit nulli.
59. Amigo velho é parente. — Amicitia vera similis est consanguinitati proximiori.
60. Amigo, a que vieste? — Amici, ad qui venisti?
61. Amigos, amigos! negócios à parte! — Usque ad aras amicus.
62. Amigos, nem muitos, nem nenhum. — Amandi, nec multi, nec nulli.
63. Amor com amor se paga. — Amor amore compensatur.
64. Amor com amor se paga. — Amor amore compensatur.
65. Amor de asno entra a coices e dentadas. — Dentes atque pedes asinini exordia amoris.
66. Amor e senhoria não quer companhia. — Amor et potestas impatiens consortis.
67. Amor faz muito, mas dinheiro faz tudo. — Plurima praestat amor, sed sacra pecunia cuncta.
68. Amor primeiro não tem companheiro. — Primus amor potior.
69. Andando de dois, se encurta o caminho. — Comes facundus in via pro vehiculo est.
70. Anel de ouro não é para focinho de porco. — Anulus aureus in nare suilla.
71. Antes burro que me leve que cavalo que me derrube. — Malo tutus humi repere quam ruere.
72. Antes calar que com doidos altercar. — Dementis convitia nihil facias.
73. Antes da morte, não louves a ninguém. — Ante mortem ne laudes hominem quemquam.
74. Antes de entrar, pensar na saída. — Res ab exitu spectanda et dirigenda est.
75. Antes de mais que de menos. — Melius est abundare quam deficere.
76. Antes de matar a onça, não se faz negócio com o couro. — Priusquam mactaveris, excorias.
77. Antes invejado que lastimado. — Praestat invidiosum esse quam miserabilem.
78. Antes pobre sossegado que rico atrapalhado. — Liber inops servo divite felicior.
79. Antes que conheças, não louves nem ofendas. — Antequam noveris, a laudando et vituperando abstine.
80. Antes só do que mal acompanhado. — Fecit iter longum, comitem qui liquit ineptum.
81. Antes sofrer injúria, que praticá-la. — Accipere, quam facere, praestat injuria.
82. Antes sofrer o mal que fazê-lo. — Accipere quam facere praetat injuriam.
83. Antes tarde do que nunca. — Utilius tarde quam nunquam.
84. Antes torcer que quebrar. — Flectere commodius validas quam frangere vires.
85. Ao avarento falta o que não tem e falta o que tem. — Tam desunt avido sua quam quod non habet.
86. Ao homem ousado, afortuna estende a mão. — Audaces fortuna juvat, timidosque repellit.
87. Ao médico, ao advogado e ao abade, falar a verdade. — Abbati, medico, patronoque intima pande.
88. Ao padre, médico e advogado, falar a verdade. — Abbati, medico, potronoque intima pande.
89. Ao que está feito, remédio; ao por fazer, conselho. — Consilium faciendo, facto adhibeto medelam.
90. Ao vivo tudo falta, e ao morto tudo sobra. — Morienti cuncta supersunt.
91. Aprende chorando e rirás ganhando. — Litterarum radices amarae, fructus dulces.
92. Aquele a quem se dá, o escreve sobre a areia; aquele a quem se tira, o escreve sobre o bronze. — In vento scribit laedens; in marmore laesus.
93. Aqui é que está o busílis. — Hoc opus, hic labor est.
94. Arca aberta, o justo peca. — Oblata occasione, vel justus perit.
95. Arrenego de grilhões, ainda que sejam de ouro. — Non bene pro toto libertas venditur auro.
96. Arrenego do amigo que come o meu comigo e o seu consigo. — Absit qui mea manducat mecum et sua secum.
97. Arrufos de namorados são amores renovados. — Amantium ira redintegratio amoris est.
98. As aparências enganam. — Fallitur visio.
99. As boas palavras custam pouco e valem muito. — Verba mollia et efficacia.
100. Asno que tem fome, cardos come. — Jejunus stomachus
101. Até prometer, sede escasso. — Quousque promittas tardus, ut festinus praetes.
102. Atrás de mim virá quem bom me fará. — Deterior parvum sanctificare solet.
103. Ausente não pode ser curador de ausente. — Absens absentis curator esse nequit.
104. Ávido do alheio, pródigo do próprio. — Alieni appetens, sui profusus.
105. Barba não dá juízo. — Philosophum non facit barba.
106. Barriga cheia, pé dormente. — Venter plenus somnum parit.
107. Bem jejua quem mal come. — Jejunat satis is qui paucis vescitur escis.
108. Bem parece a guerra a quem não vai nela. — Bellum dulce inexpertis.
109. Bem sabe mandar, quem soube obedecer. — Bene imperat qui bene paruit aliquando.
110. Bem se lambe o gato, depois de farto. — Cum satur est felis, se totum lambere gaudet.
111. Boa fama vale dinheiro. — Honesta fama est alterum patrimonium.
112. Boca de mel, coração de fel. — Mel in ore, fel in corde.
113. Boca não admite fiador. — Fames et mora bilem in nasum conciunt.
114. Bom é ter pai e mãe, mas comer e beber rapa tudo — Mammas atque tatas nimium conducit habere; sed potum et multum praestat habere cibum.
115. Bom saber é o calar, até ser tempo de falar. — Prudens in loquendo est tardus.
116. Bom traje encobre ruim “linhage”. — Obscurum vestis contegit ampla genus.
117. Brevidade e novidade muito agradam. — Grata brevitas, grata novitas.
118. Brigam as comadres, descobrem-se as verdades. — Feminarum furgiis deteguntur vera.
119. Brigas de namorados, amores renovados. — Amantium irae amores integratio sunt.
120. Cachaceiro não tem segredo. — Nullum secretum est ubi regnat ebrietas.
121. Cachorro de cozinha não quer colega. — Dum canis os rodit, socium quem diligit odit.
122. Cachorro, por se avezar, nasceu com os olhos tapados. — Canis festinans caecos catulos parit.
123. Cada cuba cheira ao vinho que tem. — Allia quando terunt, retinent mortaria gusta.
124. Cada qual acode onde mais lhe dói. — Ad commodum suum quisquis callidus est.
125. Cada qual com seu igual. — Pares cum paribus facillime congregantur.
126. Cada qual como Deus fez. — Ut quemque Deus vult esse, ita est.
127. Cada qual conforme seu natural. — Naturae sequitur semina quisquis suae.
128. Cada qual é dono de suas ventas. — Velle suum cuique est.
129. Cada qual fala da feira, conforme lhe vai nela. — Ut quisque fortuna utitur, ita loquitur.
130. Cada qual no seu ofício. — Tractent fabrilia fabri.
131. Cada qual puxa a brasa pra sua sardinha. — Omnes sibi prius quam alteri esse volunt.
132. Cada qual sabe onde o sapato lhe aperta. — Ad commodum suum quisquis callidus est.
133. Cada qual sente seu mal. — De damno proprio quisque dolere scit.
134. Cada qual tem a idade que parece ter. — Factes tua computat annos.
135. Cada qual tem seu defeito. — Aliud alic vitio est.
136. Cada um colhe conforme semeia. — Sementem ut feceris, ita metes.
137. Cala primeiro o que queres que os outros calem. — Alium silere quod voles, primum sile.
138. Cão que ladra não morde. — Canes timidi vehementius latrant.
139. Cão que muito lambe, tira sangue. — Lembens assidue eliciet canis ore cruorem.
140. Careca não gasta pente. — Quid pectunt qui non habent capillos?
141. Casa tua filha com o filho de teu vizinho. — Nubere vis apte? Vicino nube merito.
142. Casar com os de sua igualha. — Si vis apte nubere, nube pari.
143. Casar é bom, não casar é melhor. — Qui matrimonio jungit virginem sua bene facit, et qui non jungit melius facit. (São Paulo)
144. Casarás e amansarás. — Conjugium satis est juvenem dominare ferocem.
145. Cautela e caldo de galinha nunca faz mal a ninguém. — Abundans cautela non nocet.
146. Chave que se usa está sempre limpa. — Ferrum quo non utimur, obducitur rubigine.
147. Chega-te aos bons e serás um deles. — Non male sedit qui bonis adhaerit.
148. Com bochecha cheia de água ninguém sopra. — Flare simul, sorbere simul, res ardua semper.
149. Com o tempo, vem o tento. — Dies posterior prioris est discipulus.
150. Com paciência e perseverança, tudo se alcança. — Labor improbus omnia vincit.
151. Com teu amo não jogues as pêras. — Potentes ne tentes aemulari.
152. Comer e coçar, tudo está em começar. — Incipis invitus cessasque invitus ab esu.
153. Comer para viver, e não viver para comer. — Edendum tibi est ut vivas, et non vivendum ut edas.
154. Comida feita, companhia desfeita. — Diligis, cadis cum faece sicutis, amici.
155. Como cada um se estima, assim o estimam. — Quantum quisque se ipsum facit, sic fit ab amicis.
156. Conhece-te a ti mesmo. — Nosce te ipsum.
157. Conversa fiada não bota panela no fogo. — Verba non implent marsupium.
158. Corda puxada se quebra. — Arcus tensus saepius rompitur.
159. Coruja não acha os filhos feios. — Asinus asino et sus sui pulcher est.
160. Crédito é o que os outros nos devem. — Aes sunt quod aliis nobis debentur.
161. Dá duas vezes quem dá depressa. — Bis dat qui cito dat.
162. Da pele alheia, grande correia. — Ex alieno corto longa corrigio.
163. Dádivas quebrantam penhas. — Muneribus vel Dii capiuntur.
164. Dá-se o pé e ele quer a mão. — Digitum stulto ne permittas.
165. De gota em gota o mar se esgota. — Guttatim pelagi perfluit omnis acqua.
166. De boa árvore, bom fruto. — Arbore de dulci dulcia poma cadunt.
167. De boas intenções o inferno está calçado. — Propositum capiunt Tartara, facta Polus.
168. De casa de gato não sai rato farto. — Ex domo felis discendit mus impransus.
169. De grandes causas, grandes efeitos. — A magnis maxima.
170. De grão em grão, a galinha enche o papo. — Adde parum parvo magnus acervo erit.
171. De grão em grão, a galinha enche o papo. — Molli paulatim flavescit campus arista.
172. De hora em hora, Deus melhora. — Utile quid nobis novit Deus omnibus horis.
173. De longe, vê-se o alto. — Alta a longe cognoscit.
174. De muitos poucos se faz um muito. — Pusillum pusillo si addas, fiet ingens acervus.
175. De nada nada se faz. — De nihilo nihilum.
176. De noite, todos os gatos são pardos. — Lucerna sublata nihil discriminis inter mulieres.
177. De obras feitas todos são mestres. — Promptius est omnibus judicare quam facere.
178. De pequenino se torce o pepino. — A teneris consuescere multum.
179. De rico a soberbo não há palmo inteiro. — Associat dives tumidos opulentia fastus.
180. De tal árvore, tal fruto. — Arbor ex fructu cognoscitur.
181. De vez em quando, o bom Homero cochila. — Aliquando bonus dormitat Homerus.
182. Debaixo duma ruim capa está um bom jogador. — Sub sordido palliolo latet sapientia.
183. Depois da onça morta, até cachorro mija nela. — Leoni mortuo lepores insultant.
184. Depois da tempestade, vem a bonança. — Post nubila, Phoebus.
185. Deus dá o frio conforme a roupa. — Pro ratione Deus dispertit frigora vestis.
186. Deus não lê nas caras e, sim, nos corações. — Deus est solus scrutator cordium.
187. Deus sabe o que faz. — Utile quid nobis novit Deus omnibus horis.
188. Deus, que o marcou, alguma coisa nele achou. — Cavete tis quos natura signavit.
189. Devagar se vai ao longe. — Paulatim deambulando, longum conficitur iter.
190. Devagar, que tenho pressa! — Festina lente.
191. Dinheiro é que faz dinheiro. — Nummus nummum parit.
192. Dito e feito. — Dictum et factum.
193. Dize-me com quem andas e eu te direi as manhas que tens. — Non mos ad vitam, sed consuetudo probanda.
194. Dizendo-se as verdades, perdem-se as amizades. — Veritas odium parit.
195. Do contado como o lobo. — Lupus non curat numerum.
196. Do couro sai a correia. — Ex bove coria sumuntur.
197. Do dito ao feito vai grande eito. — Inter dictum et factum multum differt.
198. Do dizer ao fazer vai muita diferença. — Aliud est facere, aliud est dicere.
199. Do mal guardado come o gato. — Torpida saepe lupos custodia pascit iniquos.
200. Do perdido perca-se o sentido. — Perditus est, mala qui sequitur vestigia pravi.
201. Do que é novo gosta o povo. — Nova placent.
202. Doença comprida em morte acaba. — Longa valetudo, certissima mors.
203. Dois olhos vêem mais que um. — Aspiciunt oculi duo lumina clarius uno.
204. Dor de mulher morta dura até à porta. — Confestim fletus emissae conjugis arent.
205. Dos males, o menor. — Minima de malis.
206. Dos maus costumes nascem as boas leis. — Leges bonae malis ex moribus procreantur.
207. Dos meninos se fazem os homens. — Crescit in egregios parva juventa viros.
208. Duro com duro não levanta muro. — Mons cum monte non miscetur.
209. É cedo que se formam os costumes. — A teneris consuescere multum est.
210. É mais fácil rasgar que costurar. — Laedere facile, mederi difficile.
211. É melhor errar com muitos que acertar com poucos. — Sentientum cum multis.
212. É melhor ser bom que de boa raça. — Nostra nos decet, non sanguine niti.
213. É melhor uma boa morte do que uma ruim sorte. — Improba vita, mors optabilior.
214. É melhor uma ruim acomodação que uma boa questão. — Litem ne quaere cum licet fugere.
215. É preferível a eqüidade ao rigor. — Aequitas praeferitur rigore.
216. Elogio de boca própria é vitupério. — Laus in ore proprio villescit.
217. Em boca fechada não entra mosca. — Tutum silentium praemium.
218. Em casa de enforcado não se fala em corda. — Quae dolent ea molestum est contingere.
219. Em casa de mulher rica, fala o marido e ela grita. — Imperat et clamat quaecumque est femina dives.
220. Em longa geração, ha conde e ladrão. — Absque vado fluvius, nec stat sine pelice proles.
221. Em Roma, sê romano. — Si fueris Romae, Romano vivito more.
222. Em sua casa cada um é rei. — Quilibet est tuguri rex, dominusque sui.
223. Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. — Beati monoculi in terra caecorum.
224. Em toda parte há um pedaço de mau caminho. — Commoditas omnis fert sua incommoda.
225. Emprestaste e não cobraste; e, se cobraste, não tanto; e, se tanto, não tal; e, se tal, inimigo mortal. — Si prestabis, non habetis; si habetis, non tam bene; si tam bene, non tam cito; si tam cito, perdis amicum.
226. Enquanto dormem os gatos, correm os ratos. — Dum felis dormit saliunt mures.
227. Enquanto há figos, há amigos. — Fervet olla, vivit amicitia.
228. Enquanto o doente respira, há esperança. — Aegroto dum anima est, spes est.
229. Entende primeiro e fala derradeiro. — Festinus intellige, tardus loquere.
230. Enterrado, perdoado. — Parce sepultis.
231. Entre pais e irmão não metas as mãos. — Non patri, nato et fratri rixentibus adstes.
232. Errando é que se aprende. — Errando discitur.
233. Errar é humano. — Errare humanum est.
234. Escolhe os amigos entre os teus iguais. — Amicitia tibe junge pares.
235. Estar comendo brisa. — Rore non pascitur.
236. Estrada aberta é caminho. — Via trita, via tuta.
237. Faça-se justiça, embora desabem os céus. — Fiat justitia et ruat caelum.
238. Falar é fôlego. — Perdere verba leve est.
239. Fartura faz bravura. — Ferociam sacietas parit.
240. Fazer de um argueiro um cavaleiro. — Elephantem ex musca facere.
241. Fazer o bem nunca se perde. — Quae recte fiunt nunquam benefacta peribunt.
242. Fechar a porta depois de arrombada. — Accepto damno januam claudere.
243. Feliz é quem feliz se julga. — Felix est non aliis qui videtur, sed sibi.
244. Filhos criados, trabalhos dobrados. — Grandaevi nati, labores duplicati.
245. Formiga tem catarro. — Etiam formicae sua bilis inest.
246. Formiga, quando quer se perder, cria asas. — Quos Jupiter perdere vult prius dementat.
247. Ganha dinheiro quem tem dinheiro. — Dantur divitiae non nisi divitibus.
248. Ganha fama e deita-te na cama. — Audies bene ab hominibus et tuto vivas.
249. Ganha fama e deita-te na cama. — Bonus rumor alterum est patrimonium.
250. Gato escaldado de água fria tem medo. — Horrescit gelidas felis adustus aquas.
251. Grandes viagens, grandes mentiras. — Longum iter emensus, mendacia longa reportat.
252. Guarda-te de homem que não fala e de cão que não ladra. — Ira quae tegitur nocet.
253. Há males que vêm por bem. — Nunc bene navigavi, cum naufragium feci.
254. Hoje por mim, amanhã por ti. — Hodie mihi, cras tibi.
255. Homem honrado, antes morto que injuriado. — Nobilis, ut vitet probrum, dat pectora ferro.
256. Homem magro, sem ser de fome, vale por dois “home”. — Cavete a macilento non famelico.
257. Hóspede e peixe com três dias fede. — Hospes et piscis tertio quoque die odiosus est.
258. Hóspede jejuador, bem-vindo seja! — Si mea non coenes, gratior hospes es.
259. Igual com igual se apraz. — Igual agrada igual. — Aequalis aequalem delectat.
260. Infeliz da raposa que anda aos grilos. — Tunc male vulpi erit, si muscas prendere tentet.
261. Infeliz do rato que só conhece um buraco. — Mus miser est sabe que solo clauditur uno.
262. Intriga de irmão, intriga de cão. — Fratrum irae acerbissimae.
263. Junta o útil ao agradável. — Utile dulci.
264. Ladrão que furta a ladrão tem cem anos de perdão. — Callidus est latro qui tollit furta latroni.
265. Língua comprida, sinal de mão curta. — Cui lingua est grandis, parvula dextra est.
266. Lobo não come lobo. — Furem fur cognoscit, et lupum lupus.
267. Longe da vista, longe do coração. — Procul ex oculis, procul ex mente.
268. Macaco velho não meta a mão em cumbuca. — Annosa vulpes non capitur laqueo.
269. Mais barato é o comprado que o pedido. — Emere malo quam rogare.
270. Mais faz quem quer do quem pode. — Saepe potestatem solita est superare voluntas.
271. Mais há quem suje a casa que quem a varra. — Qui varrant, pauci; est multus, qui sordidet aedes.
272. Mais sabe o tolo no seu do que o sisudo no alheio. — Sua melius insanus curat quam sapiens aliena.
273. Mais se arrepende quem fala do que quem cala. — Multis lingua nocet: nocuere silentia nulli.
274. Mais se sabe por experiência que por aprender. — Magis experiendo quam discendo cognoscitur.
275. Mais vale a qualidade que a quantidade. — Amplius juvat virtus, quam multitudo.
276. Mais vale amigo na praça do que dinheiro na caixa. — Ubi amici, ibi opes.
277. Mais vale o feitio que o pano. — Materiam superabat opus.
278. Mais vale penhor que fiador. — Pignus fideijussore securius.
279. Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga. — Auxilium superum humanis viribus praestat.
280. Mais vale um “toma” que dois “te darei”. — Bis gratum quod ultro offertur.
281. Mais vale um burro vivo que um doutor morto. — Melior est canis vivis leone mortuo.
282. Mais vale um ovo hoje que uma galinha amanhã. — Ad praesesn ova cras pullis sunt meliora.
283. Mais vale um pássaro na mão que dois voando. — Plus valet passer in manibus, quam sub dubio grus.
284. Mais vale vergonha na cara que mágoa no coração. — Pudere praestat quam pigere.
285. Mal de muitos consolo é. — Quae mala cum multis patimur leviora videntur.
286. Mal ou bem, com os teus te avém. — In omni fortuna tuis adhaere.
287. Mandar não quer par. — Omnis potestas impatiens consortis erit.
288. Melhor seria se não tivesse nascido. — Bonum erat si non natus non fuisset homo ille.
289. Muito falar, muito errar. — In muktiloquio non deerit stultitia.
290. Muito pode o galo no seu terreiro. — Plurimum valet gallus in aedibus suis.
291. Muito prometer é uma maneira de enganar. — Multa fidem promissa levant.
292. Muito riso é sinal de pouco siso. — Per multum risum stultus cognoscitur.
293. Muitos amigos em geral, e um em especial. — Neque nullis sis amicus, neque multis.
294. Muitos são os chamados, porém poucos os escolhidos. — Multi sunt vocati, pauci vero electi.
295. Mulher andeja fala de todos, e todos dela. — De cunctis loquitur faemina quae tota cursitat urbe vaga.
296. Mulher boa é prata que soa. — Nil melius muliere bona.
297. Mulher e vidro sempre estão em perigo. — Et vitrum et mulier sunt in discrimine semper.
298. Na barba do tolo aprende o barbeiro novo. — A barba stolide discunt tondere novelli.
299. Na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso. — Mendaci ni verum quidem dicenti creditur.
300. Na cauda é que está o veneno. — In cauda venenum.
301. Nada duvida quem nada sabe. — Ille nihil dubitat qui nullam scientiam habet.
302. Nada tem quem não se contenta com o que tem. — Cui nunquam satis est, possidet ille nihil.
303. Não faças a outrem o que não quererias que ti fizessem. — Quod tibi non vis, alteri ne facias.
304. Não faças aos outros o que não queres que te façam. — Alteri ne facias quod tibi fieri non vis.
305. Não gosta do doce quem não prova o amargo. — Dulcia non novit qui non gustavit amara.
306. Não há bem que sempre dure, nem mal que sempre ature. — Omnium rerum vicissitudo est.
307. Não há casamento pobre, nem mortalha rica. — Nemo nupsit inops, dives nec mortuus ullus.
308. Não há efeito sem causa. — Causa debet praecedere effectum.
309. Não há gato, nem cachorro que não saiba. — Lippis et tonsoribus notum.
310. Não há gosto que não custe. — Commoditas omnis fert secum incommoda.
311. Não há gosto sem desgosto. — Fel latet in melle et mel non bibitur sine felle.
312. Não há melhor espelho que amigo velho. — Se gerit egregium speculum veteranus amicus.
313. Não há nada de novo debaixo do sol. — Nihil sub sole novi.
314. Não há regra sem exceção. — Deviat a solitis regula cuncta viis.
315. Não há tempero tão bom como a fome. — Fames optimum condimentum.
316. Não merece o doce quem não prova o amargo. — Dulcia non meruit qui non gustavit amara.
317. Não pode ser meu amigo o amigo de meu inimigo. — Inimici sui amicum nemo in amicitia sumit.
318. Não sabe governar quem não sabe obedecer. — Non bene imperat, nisi qui paruerit imperio.
319. Não saiba a mão esquerda o que faz a direita. — Nesciat sinistra quod faciat dextera tua.
320. Não se aumente a aflição do aflito. — Afflicto non est addenda afflictio.
321. Não se bebe sem ver, nem se assina sem ler. — Inspice bis potum et chartam subscribe scienter.
322. Não se deve aumentar a aflição do aflito. — Afflictis non est addenda afflictio.
323. Não se deve ser juiz de causa própria. — Aliquis non debet esse judex in propria causa.
324. Não se pode demandar contra si mesmo. — A se impetrare ut nom posse.
325. Não suba o sapateiro além da chinela. — Ne sutor ultra crepidam.
326. Não te deves fiar senão naquele com quem já comeste um molho de sal. — Nemini fidas, nisi ei, cum quo prius modium salis absumptseris.
327. Não vás à festa alheia sem ser convidado. — Alterius — festum solum invitatus adibis.
328. Não vê a trave que tem no olho e vê um argueiro no do vizinho. — Aliena vitia in oculis habemus, a tergo nostra sunt.
329. Nas ocasiões é que se conhecem os amigos. — In angustiis apparent amici.
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