sábado, 28 de julho de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

"Jeitinho" e síndrome de Mutley embalam o Pan

por Antonio Prada



O avião pousa no aeroporto Santos Dumont. Dirige-se ao terminal, mas o finger, que liga o avião à área de desembarque, não conecta. Quinze minutos e muitas reclamações depois, o piloto diz que se não engatarem o finger, o avião terá de ser rebocado.

Três minutos mais e a comissária de bordo anuncia: "Foi dado um jeitinho", para alívio dos já desesperados passageiros apavorados pelo caos aéreo permanente. A expressão e a situação podem ter sido cunhadas pela coincidência, mas se encaixam perfeitamente no clima que envolve os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.




Dez dias de competição e muitos quilômetros rodados, percebe-se que o "jeitinho" contamina a cidade e o Pan. Na entrada de VIPs do estádio do Maracanã, em dia de jogo de futebol feminino, engravatados conversam com a segurança e conseguem que dois acompanhantes entrem sem credenciais. "Valeu véio", agradece um deles. "Te devo uma".

No mesmo estádio, o elevador que liga o piso da tribuna de imprensa ao térreo, exclusivo para credenciados, está repleto de bicões. O próprio ascensorista denuncia: "Vocês não poderiam estar aqui. São ordens do chefe". Mas eles seguem no elevador, ironizando. "Esse teu chefe é uma mala".




Na área de entrevistas do Maracanã, chamada de Zona Mista, enquanto jornalistas se espremem para conseguir a declaração de Marta, uma nuvem densa de voluntários (mais de 20) se posiciona à frente da área. Objetivo: tirar fotografias, colher autógrafos e tietar.

Alguns voluntários, aliás, sabem fazer isso muito bem. Preferem ficar perto dos famosos e ver as partidas a orientar ou cumprir as funções pan-americanas. Eles são vistos aos montes em qualquer competição onde esteja o Brasil. Torcendo. Outros vão mais longe. Usam a credencial para ir a outras arenas, também para torcer. "Com jeitinho, sempre dá para entrar", confidencia uma estudante de educação física, que não quer se identificar.

Outros vão mais longe ainda. Vendem o próprio uniforme. O Terra flagrou neste domingo a venda de uma jaqueta de um voluntário por R$ 200 a um turista alemão no calçadão de Copacabana. A organização não confirma, mas muitos voluntários teriam retirado os uniformes de trabalho e desaparecido. Os uniformes já estão à venda nas melhores esquinas da cidade.

Como em outros grandes eventos esportivos, os organizadores do Pan criaram faixas exclusivas para ônibus do Pan (atletas, imprensa etc.) e táxis. A maior faixa, e mais importante, está na Linha Amarela, que liga a Zona Norte à Barra da Tijuca, passando pelas principais arenas e estádios da competição.

O Terra percorreu seis vezes o percurso, ora de ônibus oficial ora de táxi, e detectou que a faixa exclusiva desaparece nos horários de rush, invadida por carros particulares. Presenciou ainda gestos obscenos dos motoristas intrusivos, que a despeito do erro, insistiam em se manter na faixa. Sem aparente vigilância ou controle.
Enquanto isso, no corredor da Zona Sul, centenas de viaturas e policiais guardam a costa carioca. Em uma madrugada, no Aterro do Flamengo, o taxista, ouvindo funk no último, fez questão de frisar: "Não se engane amigo. Refizeram o asfalto aqui, tem polícia por tudo quanto é canto, mas é só aqui. Na rua paralela, não há nada".

O "jeitinho" Pan inclui também, na maioria das vezes, a vaia aos vencedores, quando não os brasileiros, que faz estremecer no túmulo o Barão de Copertain, inspirador dos Jogos Olímpicos modernos, onde o importante não é vencer e sim, competir.

Na platéia da final de vôlei feminino, quando o Brasil foi derrotado por Cuba, havia uma legião de VIPs nas tribunas. Uma minoria ficou para a cerimônia de entrega das medalhas. A maioria saiu à francesa.

O espírito olímpico não é quebrado apenas por VIPs ou pelos torcedores, mas também pelos ídolos de outrora, que neste Pan se travestem de torcedores, esquecendo geralmente o que pregavam quando atletas.


Oscar, do basquete, pula de arena em arena, desferindo adjetivos ofensivos aos adversários sem cerimônia. Popó, do boxe, se irritou com os pedidos para que acompanhasse a uma luta de boxe sentado. "A gente pode tudo. Estamos no Brasil", esbravejou. Todos atingidos pela síndrome de Mutley, o cachorro co-piloto do Dick Vigarista no desenho animado Corrida Maluca. "Medalha, medalha, medalha". Não importa como.






sexta-feira, 20 de julho de 2007

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Que Meda

Extensões Perigosas

Conheça extensões de arquivo perigosas
e evite baixá-las na internet

Por Lygia de Luca

Cuidado. Se você receber um e-mail com arquivos de extensões .cmd, .bat, .scr ou .exe, pense duas vezes antes de abri-los. Você pode estar muito próximo de um código malicioso que, se aberto, será instalado no seu computador.

De acordo com especialistas de segurança, os arquivos acima são os mais usados por crackers para infectar sua máquina. Eles são propagados através de phishings, e-mails que se aproveitam de situações atuais, como promoções de telefonia, para espalhar textos seguidos por um link.

Ao invés de anexar arquivos suspeitos, que os servidores de e-mail bloqueiam, os phishings direcionam o usuário a um site onde o vírus é baixado.

A maioria dos arquivos disponíveis para download nos sites possuem as extensões .cmd, .bat, .scr ou .exe.

No caso das duas primeiras (.cmd e .bat), o usuário executa scripts conhecidos como arquivos batch. A principal propriedade destes tipos de arquivos é automatizar tarefas. Eles permitem que o cracker roube dados do usuário.

A extensão .scr se refere a protetores de tela, o que facilmente confunde o usuário e o leva a confiar no download do arquivo. O vírus é ativado assim que a proteção de tela é executada no computador.

A mais reconhecida entre as extensões - e ainda disseminada -, é a .exe. Apesar de saber o perigo óbvio de arquivos executáveis, quando convencido, o usuário não dá atenção à extensão do anexo que está baixando.

Um pouco mais raro é o uso da extensão .url, que é um arquivo de atalho para uma página da internet e não é bloqueado pelos servidores.

Os arquivos citados são, em sua maioria, cavalos-de-tróia e keyloggers. O primeiro abre a máquina para o atacante. O segundo identifica e grava tudo que é digitado, para posteriormente enviar os dados para o criminoso mal intencionado.

The Perry Bible Fellowship






terça-feira, 17 de julho de 2007

Transformers, O Filme



A Olimpíada é nossa !!!


Terra Magazine - Marcio Alemão


Depois da festa de abertura do Pan, Nuzman e sua turma já podem começar a pleitear alguns bilhõezinhos para 2016, que se transformarão em muitos bilhões porque essa coisa de fazer estádios e conjunto habitacional para atleta de passagem é sempre uma caixinha de surpresa. Acreditem: esse Pan já está fadado ao sucesso. Ninguém ouvirá da boca de ninguém uma crítica.



Sugestão imediata: Brito Junior, da Record, poderia ser o mascote do Pan. Muito curioso. Brito não é novinho. Não achei que pudesse se transformar nesse símbolo de exaltação pan-verde-amarela. Despejou pérolas da mais insólita qualidade durante toda abertura. Com relação ao atraso, mandou: "Tem importância? O público brasileiro está sempre pronto para festa, em qualquer hora." Pois é. Poderia ter ficado quieto, assim como todos os apresentadores poderiam ter ficado mais quietos. "Agora o garoto está tocando o tambor e agora, vejam, o garoto sorriu e continuou a tocar o tambor."



Mais uma espetacular da Rede Mascote Record: fora do estádio, o repórter pergunta para um rapaz na fila: "O que você está achando da segurança do Rio de Janeiro?" E o camarada sorri: "Demais!" Taí! A solução para todos os problemas do Rio é o Pan. O ambicioso Nuzman e sua turma deveriam pensar nisso. Um eterno Pan no Rio.


O atraso foi normal. Todo mundo foi pego de surpresa pelo trânsito e aquela parte da promessa, a de investir na melhoria do transporte e quetais, ainda não deu para cumprir, mas com 200 bilhões a mais, até 2014 tudo estará resolvido. Aliás, que coisa mais feia e estranha e injusta vaiarem o presidente Lula. Não fosse ele os jogos não teriam acontecido.






Eu, no lugar dele, não teria liberado nem mais um centavo para os organizadores e os colocaria sob custódia até explicarem tudo direitinho. O sambinha moderno oficial não me entusiasmou. Não sei se ver Arnaldo Antunes de gel e bermuda me influenciou.



Achei péssima a idéia de dar ao hino uma interpretação. O hino, em estádio, é para ser cantado pelos milhares. E via-se, quando a câmera atirava aqui e alí, que tinha muita gente tentando cantar, acompanhar, mas o tédio profundo da versão emocionada não permitia. Ao menos deveriam ter deixado a segunda parte normal, pra galera cantar. Na contramão do tédio emocionado, tivemos a euforia sem limites de Vanderlei Cordeiro. Quase torci para que o padre irlandês surgisse.




Mas foi uma bonita festa. Mas vamos combinar que saber realizar um Pan não é o mesmo que saber realizar uma festa de abertura. Aguardemos. E para quem tem saudades da Tv Jovem Pan, que transmitia grandes jogos entre colégios do interior, o handebol feminino do Pan tem muito a ver.



http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1760903-EI6616,00.html